SIMPERE exige uma solução da PCR para o caso dos desabrigados do incêndio no bairro dos Coelhos

Na última terça-feira (06), os desabrigados do incêndio ocorrido na comunidade de Campinho, no bairro dos Coelhos, ocuparam o prédio Municipal da Escola dos Coelhos devido à falta de assistência necessária por parte da Prefeitura do Recife. Diante do fato, o SIMPERE foi até a Secretaria de Educação nesta quarta-feira (08) e exigiu uma solução para resolver a triste situação dos ex-moradores do local que ainda se encontram na unidade de ensino. A comissão formada por diretores do sindicato e professores da escola foi atendida pelo secretário Valmar Corrêa.

Durante a reunião, o sindicato declarou que os desabrigados não podem ser retirados da escola sem alternativas concretas para essas famílias que perderam tudo. De acordo com o SIMPERE, a solução apresentada pela prefeitura de oferecer um auxílio-moradia no valor de R$ 200 não é palpável, pois com essa quantia não é possível pagar nenhum aluguel em Recife, sem contar que esse dinheiro sempre atrasa. Atualmente, 40% da população do Recife convive em péssimas condições de moradia. O SIMPERE afirmou que a culpa dessa tragédia é de responsabilidade da PCR e exigiu explicações no atraso das obras do conjunto habitacional que já deveria ser entregue há muito tempo.

Com relação aos professores que ficaram impossibilitados de exercer suas funções, o sindicato exigiu que os mesmos não fossem obrigados a repor os dias parados. Essa exigência foi baseada na questão de calamidade pública, assim como foi o dia 17 de maio, quando uma forte chuva associada às péssimas condições do saneamento básico criou um caos muito grande na cidade.

O secretário prometeu resolver o problema dos professores e enviar um documento abonando os dias parados, devido à situação calamitosa, para o Núcleo de Acompanhamento Regional (NAR), para a escola e para o sindicato. Valmar ainda colocou que as famílias irão desocupar a escola ainda nesta quinta-feira (08) e seriam encaminhadas para outro abrigo.

Ao final da reunião, Simone Fontana, coordenadora geral do sindicato, falou sobre a reforma iniciada na escola. “Além de não estar concluída, vem criando vários transtornos aos alunos e professores, principalmente o cheiro forte da tinta”, salientou. A Secretaria de Educação se comprometeu em analisar a possibilidade do uso de tinta sem cheiro.

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