13 de maio: 132 anos depois da abolição ainda é preciso denunciar a falta de políticas de ações afirmativas e de igualdade de direitos como formas de reparação histórica para a população negra.

13 de maio: 132 anos depois da abolição ainda é preciso denunciar a falta de políticas de ações afirmativas e de igualdade de direitos como formas de reparação histórica para a população negra.

O estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que em 2018 o desemprego da população negra correspondia 64,2% no país. São destinadas a essa classe da sociedade os piores salários, com remuneração média de R$ 934 em 2018, enquanto brancos ganhavam R$ 1.846, com pelo menos 32% da população negra vivendo abaixo da linha da pobreza. Números agravados por leis que aprofundam a retirada de direitos da classe trabalhadora, como as reformas trabalhista e da previdência.

Os jovens negros são os que mais morrem pelas mãos de policiais. A população negra ocupa 61,6% do sistema carcerário. As mulheres negras são o principal grupo de risco de feminicídio, que tem aumentado durante a pandemia. Também é simbólico considerar que as primeiras vítimas fatais pela Covid-19 foram empregadas domésticas negras, que contraíram a doença através de seus empregadores.

“O 13 de Maio foi uma ilusão para os negros e uma conveniência para a elite brasileira branca, que, historicamente, carrega a marca racista e hegemônica eurocêntrica, que definiu uma forma capitalista de lucro acima da vida”, aponta o integrante do Quilombo Raça e Classe Julio Condaque que também integra o Setorial de Negras e Negros da CSP-Conlutas.

Hoje é dia de lembrar de Manuel Quirino, Luis Gama, Castro Alves, Lima Barreto, Zumbi, Ganga Zumba, Zeferina, Dandara, Acotirene e todas as personalidades negras que fizeram legado e lutaram contra o racismo.

# Reparação histórica, já!
# Fim do genocídio negro, quilombola e indígena – Basta!
# O respeito a Convenção Internacional 169 da OIT-Organização Internacional do Trabalho- e a garantia ao direito aos territórios por quilombolas e indígenas – Titulação das terras, já!
# A garantia de testes em massa para todos, priorizando os profissionais da linha de frente do combate a Covid-19 e a população da favela e periférica;
# Pagamento imediato e sem burocracia do auxílio emergencial;
# Garantir que os imóveis vazios sejam adaptados para receber a população sem teto e em situação de rua;
# Que sejam adaptados locais de isolamento para populações mais carentes que não tenham espaço em suas moradias que atenda esta necessidade;
# Garantia imediata, adequada e permanente de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual de Segurança) para os profissionais de saúde;
# Priorizar a reestruturação e ampliação do quadro de trabalhadores das unidades de Saúde Pública já existente; Estatizar os leitos das unidades privadas antes de se fazer hospitais de campanha;
# Suspender o pagamento da dívida pública e investir no SUS e nas necessidades sociais da pandemia da Covid-19;
# Que seja garantida a estabilidade no emprego sem corte de salário durante a pandemia;
# Repudiamos todas as MPs que vêm sendo votadas pelo governo e parlamentares de forma oportunista e vil, retirando direitos e sendo contra os trabalhadores e a população pobre, negra, quilombola, indígena;
# Contra o coronavírus – Fora Bolsonaro, Mourão e toda a sua corja.

SIMPERE − Gestão Resistência e Luta − Filiado à CSP Conlutas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

três + dezesseis =