6º Marcha dos terreiros contra a intolerância religiosa

No fim da tarde da última segunda-feira (05) foram abertas as comemorações do mês da Consciência Negra com a 6º marcha dos terreiros de Pernambuco. Com o tema que teve como foco a intolerância religiosa e contra qualquer preconceito, os organizadores deram uma resposta para os últimos acontecimentos de intolerância religiosa ocorrida no interior de Pernambuco e na Região Metropolitana do Recife.

O evento que saiu do Marco Zero até o monumento de Zumbi na Praça do Carmo, contou com a presença de mais de dois mil participantes, distribuídos nas matrizes religiosas africanas como Candomblé, Umbanda e Jurema. Os homenageados foram a herdeira da tradição Nagô, Mãe Amara de Aganjú, o sacerdote Pai Paulo Braz, neto biológico de Pai Adão, e Pai Adolfo de Sàngó. Outra homenageada é Mãe Biliu, símbolo da luta e da resistência afro-brasileira no Estado, que morreu aos 107 anos, em agosto deste ano.

O SIMPERE marcou presença no ato com uma faixa que dizia “Na luta contra o racismo e a intolerância religiosa”, assinaram também a CSP-CONLUTAS e o Movimento Quilombo Raça e Classe. Para Claudia Ribeiro, Diretora de comunicação, a marcha é mais que uma afirmação religiosa, é também uma demonstração de resistência “essa marcha de hoje mostra a resistência que a cultura negra vem imprimindo na nossa sociedade, além de ser a expressão clara da luta negra contra a opressão e a exploração”.

Mais atividades serão realizadas durante o mês da consciência negra que é comemorada no dia 20 de novembro, data escolhida devido a morte de Zumbi dos Palmares.

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