Em 2013 tivemos um ano de intensas lutas, estudos e negociações para que fosse implementada a aula atividade. Em dezembro a Prefeitura do Recife apresentou uma proposta de implementação que fere e destrói a essência da aula atividade, pois não garante o tempo que o professor precisa para preparar suas aulas.
Em janeiro de 2014 colocamos a proposta apresentada pela PCR no site do SIMPERE, tal proposta foi rechaçada pela comissão.
No dia 29 deste mês a Secretaria de Educação convoca novamente a comissão para dizer que a proposta foi melhorada. No entanto, a essência é a mesma, aumentar a carga horária para camuflar o atendimento da aula atividade:
Vejam o que foi apresentado:
Elevar a carga horária para 173h/a
1/3 de 173h/a seria 58h/a
Tirando 20h/a que “já temos”, fica 38h/a
Dessas 28 h/a, 5h/a seria para formação e mais 5h/a para planejamento individual
A proposta em si é muito ruim, pois transforma as aulas que temos direito em gratificação.
Depois, a própria Rossana, não soube explicar como ficaria a situação dos professores com 270h/a, seja em forma de acumulação ou com acréscimo, que tem sua carga horária de aula atividade mais defasada ainda.
Mas o principal é que a prefeitura ao invés de ampliar o currículo do aluno com aulas de arte, música e educação física como foi acordado, irá fazer seleção para CTD (Contrato por Tempo Determinado) para trabalhar com os alunos no projeto Manuel Bandeira e assumir as minguadas 10h/a mensais que a PCR quer chamar de aula atividade.
Por trás dessa proposta o que se esconde é a contenção de despesa que a prefeitura pretende fazer às custas da exploração de contratos temporários. Além disso, a aula atividade é definitiva e não pode ser implementada com contratos temporários.
Pelo jeito o nível de exigência ao professor vai aumentar este ano, com cadernetas digitais e inúmeros projetos privados que promete milagres na educação.
Mas os dados recentes da UNESCO apontam que a educação no Brasil está entrando em colapso. Enquanto persistir a lógica de baixos salários, péssimas condições de trabalho e excesso de trabalho, esses índices não vão melhorar.
É na luta que conquistaremos uma educação de qualidade!
No Gestor em Rede, o secretário de Educação Valmar Correa, solicitou que os professores coloquem seus sentimentos em relação a essa proposta. Nosso sentimento é de indignação, revolta e vontade de lutar.
NÃO HÁ FUTURO SEM EDUCAÇÃO DE QUALIDADE!
NÃO HÁ EDUCAÇÃO DE QUALIDADE SEM AULA-ATIVIDADE!
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