Na tarde da última sexta-feira (19) no Plenarinho da Câmara de Vereadores do Recife aconteceu a Audiência Pública sobre o Plano Municipal de Educação (PME) que foi marcado sobre fortes protestos. As professoras e professores lotaram o plenarinho da Casa José Mariano e tomaram o estacionamento da Câmara com cartazes e faixas denunciando o golpe que o Prefeito Geraldo Julio (PSB) deu na Conferencia Municipal de Educação do Recife (COMUDE).
No local da Audiência ouviam-se os presentes gritando palavras de ordem que acusavam o prefeito e o secretario de golpistas e que exigiam que o PME que foi aprovado no COMUDE fosse encaminhado para os Vereadores e não o que Geraldo Julio quer que passe. A intervenção da representante do SIMPERE, Claudia Ribeiro, foi uma das mais aplaudidas. Em sua fala a dirigente sindical afirmou que o principal motivo do “alvoroço” da prefeitura de querer encaminhar a qualquer custo o seu PME, é para transformar a educação em um balcão de negócios, uma vez que o documento da PCR apresentado aos Vereadores é bastante genérico no tocante aos direitos dos trabalhadores da educação e dos estudantes, mas em contrapartida os itens que tocam na questão dos projetos privados são bem detalhados. E a professora ainda lembra que muitos desses projetos possuem processos fraudulentos como é o caso do Projeto da Lego que está sendo investigado pelo Ministério Público.
Se dentro da Câmara a audiência foi marcada com protesto, na parte de fora não foi diferente. Com quase 300 professores o Sindicato mantinha informado tudo que estava acontecendo lá dentro. As intervenções dos manifestantes mostravam tamanha indignação com o ato do prefeito de jogar no lixo o PME aprovado pelo COMUDE. Durante o ato também foi apresentado uma peça do grupo teatro TV Sindical, que abordou de forma cômica todos esses acontecimentos.
Pelo caráter de urgência que Geraldo Julio encaminhou o seu PME para Câmara, muito provavelmente ele entrará em votação na próxima segunda-feira (22), sabendo disso o Sindicato dos professores do Recife junto com outras organizações estão chamando um novo ato para o mesmo dia às 14h no estacionamento.
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