Evento realizado em Brasília reuniu quase 2.000 participantes
*Com informações do site https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/wordpress-direta/sites/1700/wp-content/uploads/2019/10/14154633/22555681_287542331762234_746000967425404629_o.jpg
Marcha em Defesa da Educação
Uma marcha “Em Defesa da Educação” com mais de 3.000 pessoas marcou a abertura do II Encontro Nacional de Educação, realizado entre os dias 16 e 18 de junho na Universidade de Brasília (UNB). Estudantes, docentes, técnicos, servidores públicos federais, militantes de movimentos sociais, sindicais e populares percorreram a Esplanada até o Ministério da Educação (MEC).
Os manifestantes foram às ruas para denunciar o ajuste fiscal e a dívida pública, o PL 257, exigir um projeto classista e democrático para a educação, pedir o “Fora Temer e todos os corruptos do governo”, entre outras reivindicações.
Ao final do ato, já no MEC, os participantes do ENE tentaram formar uma comissão para entregar a Carta dos Seguimentos que constrói o Encontro, mas o Ministro da Educação, Mendonça Filho, se negou a receber a comissão e a carta foi entregue a representantes da pasta. 15 entidades assinaram o documento.
Debates, grupos de trabalho e painéis
Na manhã da sexta-feira (17) os debates do II ENE se iniciaram com a mesa de abertura “Por um projeto classista e democrático de educação, contra o Ajuste Fiscal e a dívida pública”, e foi precedida por uma homenagem ao professor Márcio Antônio de Oliveira, ex-presidente do ANDES-SN, que faleceu na segunda-feira (13), a quem o encontro é dedicado.
A mesa foi composta por José Villarroel, estudante chileno e representante do Centro de Estudantes de Sociologia da Universidade Alberto Hurtado;Mauro Puerro, da Secretaria Executiva Nacional (SEN) da CSP-Conlutas; e Olgaíses Maués, diretora do ANDES-SN. Esses dois últimos também são representantes do Comitê Nacional “Em defesa dos 10% do PIB para a educação pública já!”.
No resto do dia foram realizados os grupos de trabalho, onde foram discutidos os eixos temáticos: gestão; financiamento; avaliação; trabalho e formação dos trabalhadores da educação; acesso à permanência; gênero; sexualidade; orientação sexual e questões étnico-raciais.De acordo com a organização do evento, “os temas foram pensados para que as discussões ofereçam sustentação para um projeto de educacional com base na expansão humana, que construa um projeto de educação contra hegemônico, para além do capital, e realmente voltado aos interesses da classe trabalhadora”.
Para iniciar o último dia do Encontro, foram promovidos painéis autogestionados que abordaram temas como a luta estudantil, O sistema da divida pública e o financiamento da educação e terceirização.
II ENE encerra com leitura de Declaração Política
O II Encontro Nacional de Educação se encerrou com a leitura de uma Declaração Política. A declaração trouxe uma breve introdução, na qual avaliou a conjuntura de aprofundamento dos ataques do capital aos direitos dos trabalhadores, e ressaltou o crescimento da resistência dos oprimidos, que protagonizam greves, lutas e ocupações no Brasil e no mundo. Também dedicou o II ENE a Márcio Antônio de Oliveira, ex-presidente do ANDES-SN, que faleceu na segunda-feira (13). Em seguida, a declaração foi dividida nos seis eixos que nortearam as discussões do ENE.
O documento traz de maneira unitária e consensual, as propostas e bandeiras debatidas durante o encontro nacional e os encontros preparatórios.
As entidades que organizaram o II ENE foram a CSP-Conlutas, Andes-SN, Sinasefe, CFESS (Conselho Federal de Serviço Social), Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes Livres), Oposição de Esquerda da UNE, Exneef (Executiva Nacional dos Estudantes de Educação Física), Federação Nacional dos Estudantes das Escolas Técnicas (Fenet), Associação Brasileira dos Educadores Marxistas (Abem), Movimento Universidade Popular (MUP), Sepe, Oposição CPERS, Oposição Alternativa Apeoesp, Fasubra, Enesso.
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