Professores dão exemplo de luta e arrastam milhares pelas ruas do Recife

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O que seria uma assembleia unificada da educação acabou se transformando em um dos principais atos contra a reforma da previdência ocorridos nesta quarta-feira, dia 15 de março. O exemplo de luta e organização que os diversos sindicatos e centrais da educação em luta construiu uma assembleia histórica e arrastou diversos setores da classe trabalhadora e juventude às ruas.  Há um clima generalizado de indignação com a proposta absurda de acabar com a previdência e impor que a juventude e os trabalhadores trabalhem a sua morte.
A assembleia e ato de hoje marcam o início de uma greve geral da educação por tempo indeterminado. A decisão por uma greve geral da educação parte uma deliberação vinda do congresso da CNTE, que aconteceu em janeiro deste ano; e já está provado que a educação deverá ser a fagulha que incendiará a indignação do conjunto da classe trabalhadora, fazendo com que as ruas se encham de mobilizações, greves e ocupações contra esta reforma.
Simone Fontana, coordenadora geral do SIMPERE afirmou: “estamos diante de um marco histórico para os trabalhadores não só da educação, mas como de conjunto, uma assembleia unificada de vários setores da educação, e tudo isso para dizer não à reforma da previdência e fora temer e todos os corruptos”.
Temer e o corrupto congresso nacional querem impor uma série de derrotas aos direitos da juventude e dos trabalhadores e trabalhadoras. A reforma da previdência se combina com um forte ajuste fiscal e demissões massivas; além das nefastas reformas trabalhista e do ensino médio. A educação está na mira deste governo seja na esfera federal ou municipal: Temer avança no desmonte da educação pública e Geraldo Julio não cumpre a lei do piso e não garante condições dignas de trabalho. A greve geral por tempo indeterminado é mais do que um calendário de lutas: é uma necessidade.
A assembleia deliberou por um calendário unificado da greve, que conta com um ato público nesta quinta-feira, dia 16 de março, às 09h no Derby, seguido de um debate sobre a reforma da previdência no auditório dos bancários às 14h.
A educação em greve faz uma grande convocatória a todas as centrais sindicais e setores da classe trabalhadora: é necessário construir uma forte greve geral no Brasil para derrotar Temer e todos os corruptos, como bem afirmou Claudia Ribeiro pela CSP Conlutas “nesse ato de hoje a unidade dos  movimentos se mostrou possível diante dos ataques de Temer, mas é preciso avançar, precisamos construir uma grande greve geral para derrotar a reforma da previdência e tudo que está ai posto”.

 

 

 

fotos: Sérgio Gaspar

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