Assembleia geral da categoria aconteceu na manhã desta terça-feira (15) e debateu centralmente as perspectivas de luta frente a campanha salarial em curso. A professorada que protagonizou várias lutas desde o início do ano, com ocupação da PCR, atos de rua, greve e paralisações, avaliou e decidiu por não deflagrar greve, seguindo com um calendário de mobilização e resistência.
Desde o início do ano, esta categoria esteve em constante mobilização, resistindo aos ataques de Geraldo Julio e o desmonte de direitos vindo do Congresso Nacional e governo Temer. Foi à Brasília em unidade com milhares de trabalhadores de todo o país, ocupou a Prefeitura duas vezes, participou das paralisações nacionais e organizou as próprias paralisações.
Esta campanha salarial não está sendo diferente: A Prefeitura tentou fechar o cerco contra os professores, mas a resposta foi mais resistência e mais luta. Demonstramos a nossa garra e conseguimos pressionar uma gestão extremamente intransigente do PSB. A categoria de conjunto deliberou por não deflagrar a greve compreendendo a necessidade de estabelecer outros mecanismos de luta neste momento, avaliando a conjuntura do serviço público municipal, com o fim da greve dos servidores municipais e da guarda e também a resposta irredutível da PCR. Esta decisão não significa de forma alguma o estancamento da mobilização, ao contrário: deliberamos estratégias de luta e já demonstramos a nossa força. Vamos arrancar um reajuste justo, que não signifique nenhuma retirada de direitos conquistados.
Também fez parte das deliberações da assembleia o forte boicote aos projetos privados, com uma campanha de denúncia nas escolas e na imprensa. É um verdadeiro ABSURDO milhões sejam gastos para que todos os dias um novo projeto privado entre nas salas de aula, e o piso salarial não seja respeitado, além de nenhuma iniciativa ser apresentada para resolver o caos instalado na estrutura das escolas e creches.
Nesta sexta-feira irá acontecer uma plenária de delegad@s de base para discutir e organizar as propostas de luta deliberadas em assembleia. Seguimos travando uma forte batalha para termos um reajuste justo, por nenhum direito a menos e pela valorização da educação.
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