Em homenagem à Sandra, combater o machismo todos os dias!

O caso foi a julgamento e, por pressão popular, o assassino Marcos Aurélio foi condenado a 54 anos de prisão pelo duplo homicídio. Sandra era professora e coordenadora de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Professores do Recife, ativista do Movimento Mulheres em Luta (MML) e do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). Foi vítima do machismo que ela combatia todos os dias.
Infelizmente, o caso Sandra e Icauã que tanto chocou a população, se repete todos os dias: quatro em cada dez assassinatos de mulheres registrados em Pernambuco no ano de 2019, foram motivados por machismo. Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), o número total de homicídios de mulheres registrados em 2019 é de 198, dos quais 57 foram considerados feminicídios. Outros casos diários estampam as notícias todos os dias. Mas, mesmo assim, as medidas de combate são ineficazes. No início de 2017, o movimento social encarava um luto pelo assassinato de Remís Carla, também ativista contra o machismo e vítima de um covarde feminicídio praticado por seu namorado. Casos como Sandra e Remís nos colocam a necessidade urgente de tomar com cada vez mais força a luta coerente contra o machismo que assola a nossa sociedade e encontra nos governos coniventes a ausência de políticas que promovam a segurança pública efetiva para mulheres, sobretudo as mais pobres. Relembraremos sempre da vivacidade, alegria e disposição para a luta da nossa eterna companheira Sandra, e a cada luta e mobilização, com a certeza de que ela está presente.

SANDRA, PRESENTE!