A decisão foi deliberada durante o 10° Congresso do Simpere
O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife-Simpere realizou nos dias 4, 5 e 6 deste mês o 10° Congresso do Simpere. A abertura do encontro contou com a saudação de Paulo Rocha, da Central Única dos Trabalhadores-CUT; Bruno Valentim, da CSP Conlutas e Helmiton Bezerra, da CTB. Também houve debate com o tema “Análise de Conjuntura” com avaliação de Helmiton Bezerra; Érika Suruagy, professora da UFRPE; Valter Pomar, professor da UFABC e Paulo Barela do CSP Conlutas.
As reflexões foram norteadas pela atual formação geopolítica mundial e o reflexo dela no Brasil além das ações dos sindicatos, movimentos sociais e forças progressistas para garantir a manutenção de direitos e avançar nas conquistas para a classe trabalhadora. Alinhado ao debate, um dos principais pontos colocados na plenária pelos delegados foi a desfiliação à CSP Conlutas e a filiação do Simpere a CUT.
Já no segundo dia do evento foram realizados painéis temáticos cujo conteúdo serviu para subsidiar as decisões dos grupos de trabalho. Os debates foram sobre os temas: política sindical, política educacional, revisão do estatuto e enfrentamento às opressões.
Na mesa sobre política sindical o debate ficou por conta de Paulo Barela, da CSP Conlutas; Luiz Soares, da Fenametro e do Sindicato dos Metroviários e Marcelo Carlini, do Sindjus/ RS. Já o tema enfrentamento às opressões foi debatido por Lassana Danfa, doutor em Psicologia; HBLinda, mestranda em educação na UFPE; Gilson Góes, diretor do Sindiborracha e Erica Valéria, presidente da União de Negros e Negras de PE.
Por fim, a mesa sobre política educacional trouxe para o debate Jaqueline Natal, do Dieese; Horácio Reis, do Fórum Nacional de Educação e Valéria Conceição da Silva, secretária executiva da CNTE. Na última atividade do dia, os delegados participaram de quatro grupos de trabalho, são eles: Enfrentamento às opressões, Revisão do estatuto, Política educacional e Política sindical para apontar propostas de mudança no estatuto do Simpere e atualizar os planos de lutas.
Jaqueline Dornelas, coordenadora geral do Simpere, apontou a importância da discussão sobre política sindical. “Foi recorrente a manifestação da plenária acerca da necessidade de filiação do Simpere à CUT para não deixar o sindicato isolado e fazer uma articulação com as lutas nacionais e locais”, avaliou.
Anna Davi, coordenadora geral do Simpere, defendeu a importância da organização da categoria para o debate sobre o plano de lutas. “Dentro do grupo de política educacional, a principal proposta é a defesa da lei do piso. Vamos lutar para garantir as diretrizes de uma carreira nacional para que o piso seja aplicado em toda a carreira”, defendeu.
O último dia do encontro foi marcado pela apresentação, na plenária geral, das discussões realizadas nos grupos de trabalho, que definiram importantes pautas para o plano de lutas. Uma das principais propostas da direção do sindicato discutidas no encontro foi a desfiliação do Simpere da central sindical CSP Conlutas e a filiação a Central Única dos Trabalhadores-CUT.
De acordo com a votação no grupo de trabalho e confirmada na plenária geral, com participação de mais de 300 delegados, o Simpere volta a ser filiado à Central Única dos Trabalhadores-CUT, maior central sindical do país. Com a decisão, o sindicato deixa o isolamento e torna-se protagonista na luta da classe trabalhadora, inserindo a categoria nas pautas de luta, tanto nacional quanto municipal, por manutenção de direitos e avanço nas conquistas. Os delegados também aprovaram a desfiliação do sindicato ao CSP Conlutas.
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