SIMPERE realiza debate em comemoração ao Dia Internacional da Mulher
Durante a tarde as professoras ainda participaram de uma Nova Assembleia
“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores”. Esta é uma frase da poetisa brasileira Ana Lins dos Guimarães, mais conhecida como Cora Coralina. E talvez uma das citações que melhor possa expressar a data de hoje, 08 de março, o Dia Internacional da Mulher, da guerreira, da batalhadora, da mãe que não vê obstáculos para salvar seu filho, da esposa e companheira. E para comemorar, o SIMPERE realizou na manhã desta quinta-feira um debate sobre a situação da mulher trabalhadora nos dias atuais.
O evento contou com a participação de mais de 50 professoras e professores. Na mesa estavam presentes Giovana Carina do Instituto Latino Americano Estudos Socioeconômicos (ILAESE), Guiomar Veríssimo da coordenação de opressões do SIMPERE, Claudia Ribeiro pela CSP-CONLUTAS, Jaqueline (aqui só faltou botar o sobrenome, Sérgio) da CUT e Denilza (sobrenome) da CTB. Presidindo a mesa, estava a coordenadora geral do SIMPERE, Simone Fontana.
Giovana trouxe para o debate os números que retratam a realidade da mulher trabalhadora nos dias de hoje. De acordo com a pesquisadora do ILAESE, atualmente as mulheres ocupam 46% do mercado formal de trabalho, já no mercado informal são mais de 56%. A média de diferença dos salários entre homens e mulheres é de 33%, mas existem casos gritantes como do Ceará, com o percentual que ultrapassa os 57%. Para complementar, Carina ressaltou sobre a diferenciação entre as mulheres da classe burguesa e as mulheres trabalhadoras: “Muitas mulheres que desfrutam de luxos e não precisam trabalhar para mantê-los, não tem problema algum para ir ao shopping, frequentar um SPA ou até mesmo ficar em casa para comemorar esse dia que nada sofrerão, já as trabalhadoras como nós, temos que driblar todos os obstáculos e ainda enfrentar a secretária de educação, Ivone Caetano, para estarmos aqui”.
Dando continuidade ao debate, Jaqueline falou sobre o posicionamento de Dilma Rousseff, que resolveu voltar atrás quando a banca evangélica exigiu dela um pronunciamento sobre o aborto. Denilza abordou a questão da Ivone Caetano não ter liberado as professoras para o debate do 8 de março. Já Claudia chamou atenção para o contraste do desenvolvimento econômico do país expondo que o Brasil é a 7º economia do mundo, porém é a 82º no ranking de diferença entre os salários de homens e mulheres e conclui “o não cumprimento do piso pelo sr. João da Costa só faz aumentar ainda mais a diferença nos salários”.
Dando continuidade ao dia de luta, à tarde a categoria se reuniu no Centro Social da Soledade para realização de uma nova assembleia para o fechamento da pauta de reivindicações para campanha salarial e reafirmar que a paralisação nacional dos dias 14, 15 e 16 de março está mantido.
Um pouco de história – O Dia Internacional da Mulher teve origem através das manifestações das mulheres russas que lutavam por melhores condições de vida e trabalho e contra a participação do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essa mobilização marcou o início da Revolução de 1917. O dia 8 de março foi escolhido em homenagem as 130 mulheres que morreram carbonizadas em uma de uma fábrica de tecidos, situada em Nova Iorque.
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