*Imagens: Diario de Pernambuco
A segunda-feira (05) foi marcada por muita tristeza para os moradores da comunidade de Campinho, no bairro dos Coelhos, centro do Recife. Mas não apenas para eles. Todos os recifenses que acompanharam a dor das vítimas que perderam suas moradias, pertences e até seus animais de estimação no incêndio que atingiu o local na tarde de ontem, entristeceram ao saber que pelo menos 101 barracos foram destruídos. Sonhos – talvez modestos, mas não deixam de ser sonhos – e coisas conseguidas depois de tanta luta, consumidas pelo fogo num período de 3 horas.
O incidente de ontem só demonstra as condições desumanas e frágeis nas quais viviam essas pessoas. Até agora não se sabe ao certo o que poderia ter ocasionado o incêndio. O SIMPERE é solidário às famílias vítimas dessa tragédia e exige que a Prefeitura do Recife se posicione e aja com a eficiência que se deve agir em casos como esse. Hoje, terça-feira (06), os desabrigados ocuparam o prédio Municipal da Escola dos Coelhos. Houve correria, gente machucada e alunos estão sem aula. Mas de quem é a culpa? A culpa é da PCR que até agora não deu a assistência necessária aos ex-moradores da comunidade.
Até o momento não foram enviados colchões, alimentos ou kits de higiene. O cadastramento das vítimas iniciado ontem foi realizado no escuro, numa creche sem energia. Uma sopa rala e água foram oferecidas na noite de ontem. A proposta da PCR é oferecer um auxílio moradia ínfimo no valor de R$150,00 e que, na maioria das vezes, atrasa. De acordo com informações divulgadas, parte das famílias que perdeu suas moradias já deveria ter sido transferida para um conjunto habitacional que tem suas obras atrasadas há mais de quatro anos. Enquanto isso a situação continua indefinida. Adultos, crianças e idosos continuam sem lar, com destino incerto.
A Escola Municipal dos Coelhos que está servindo de abrigo continuará sem aulas hoje e amanhã e, diante disso, o SIMPERE exige também que os professores não sejam obrigados a repor esses dias, pois essa é uma questão de calamidade pública e os professores não podem ser responsabilizados.
Últimas informações – Prefeitura anunciou agora há pouco que o benefício subirá de R$ 150 para R$ 200. Além disso, concederá um auxílio emergencial no valor de R$ 1.500 pagos em três parcelas de R$ 500 para a compra de utensílios domésticos, móveis e roupas.
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