Reunidos em plenária nesta quinta-feira (02), no auditório dos Bancários, as delegadas e os delegados discutiram e encaminharam para assembleia do dia 08 de agosto as lutas que virão no segundo semestre deste ano. A plenária aconteceu nos dois turnos – manhã e trade – para garantir a presença de todos os delegados e o resultado foi a presença de mais de 250 participantes.
No início do evento, a diretoria do SIMPERE garantiu um ponto de Formação que foi ministrado por Guilherme Fonseca, do Instituto Latino Americano de Estudos SocioEconômicos (ILAESE). Durante o curso de formação, Fonseca abordou a História do Movimento Sindical no Brasil e qual o papel dos delegados de base na estrutura sindical.
A proposta de incluir um ponto de formação em todos os encontros com os delegados de base é um dos eixos da gestão Resistência e Luta para mudar a concepção do sindicato de como fazer política. Guilherme comenta sobre isso: “É preciso que os sindicatos sejam dirigidos pela base, pela sua categoria e, para que isso seja possível, os representantes sindicais (Delegados de Base) têm que saber da importância que é sua participação na vida do sindicato e pra isso é necessário formação política continuada”, tendo em vista essa necessidade ele julga positivo a iniciativa da diretoria do sindicato e conclui “esse é o caminho certo, a diretoria do SIMPERE está dando exemplo de como é um sindicato dirigido pela base”.
Durante a explanação, o ministrante do ILAESE ainda fez diferenciação entre os tipos de sindicatos que existem hoje no Brasil e apontou que o melhor é o Sindicato Combativo e lembrou que este modelo foi abandonado pela CUT e em seguida a CSP-CONLUTAS tomou para si a defesa da construção desse tipo de organização. Para Fonseca, o modelo de Sindicato Combativo é aquele que se apoia na Independência dos Patrões e dos Governos, autônomos em relação aos partidos políticos, ele tem que ter a mais ampla democracia e tem que ser controlado pela base.
Os informes dados durante a plenária foram a reunião no dia 25 de julho sobre o Saúde Recife, Licença Prêmio e a Marcha à Brasília no dia 05 de Setembro, onde os interessados em participar podem se inscrever durante a assembleia do dia 08 e agosto ou ligando para o sindicato solicitando a sua inscrição.
O ponto de pauta sobre a estrutura das escolas foi muito debatido e com um fervor tremendo. Foram vários casos narrados pelos presentes, desde escolas que estão em péssimas condições, como as unidades que já passaram por reforma, caso da creche Mãezinha do Coque, onde a estrutura já está demonstrando comprometimento com rachaduras, além de telhado transparente que provoca um calor infernal.
Uma luta que foi encarada como campanha foi o cumprimento da lei de 1/3 de Aula Atividade. A proposta que foi apresentada pela diretoria e foi ratificada pelos delegados é de criar um grande ato, com direito a dois dias destinados a uma mobilização com uma aula pública. Para o professor Jaison, o que a prefeitura chama de Reunião pedagógica como Aula Atividade está longe de ser suficiente para suprir a necessidade do planejamento escolar. “As Reuniões Pedagógicas da prefeitura do Recife não servem para nada, porque só discutem datas comemorativas e só. Para piorar a situação, essas reuniões são completamente fora do contexto social dos professores, alunos, pais e da cidade”, concluiu.
Como último ponto da atividade, foi debatido a posição do Sindicato em relação às Eleições Municipais. Neste momento foi aprovada a orientação do voto às candidaturas de esquerda, construir uma Carta Compromisso para ser entregue a todos os candidatos para se comprometerem com as reivindicações da categoria, além de convidá-los para um debate.
Todas as propostas aprovadas durante a plenária serão apresentadas na próxima assembleia para serem ratificas. Estiveram também presentes Jair Pedro, candidato a prefeito pelo PSTU, as candidatas à vereadora Simone Fontana, Coordenadora do SIMPERE licenciada e a professora Ademar.
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