Aconteceu no dia 7 de agosto a Assembleia Geral do Simpere, no Teatro da Boa Vista. Na Assembleia foram discutidos: os informes sobre as mesas de negociação com a Secretaria de Educação, as mobilizações pelo Dia do Basta – que ocorre nesta sexta-feira, dia 10 -, a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Campanha da Aula-Atividade.
Essa assembleia tem sua importância para a organização da categoria neste segundo semestre, uma vez que a luta não cessou. Tendo em vista as pendências da prefeitura sobre as pautas da categoria, em especial o concurso e a falta de substituições para a Aula Atividade e as licenças, o Simpere vem pressionando a prefeitura para atender essas pautas.
A proposta do Simpere para a Aula-Atividade é começar uma grande campanha pela cobrança dos direitos do professor, como disse a diretora Claudia Ribeiro, ” vamos encaminhar uma grande campanha nas rádios, TV, outdoor e vídeos para internet. Vamos espalhar pela cidade nossa campanha de um jeito que Geraldo Júlio, onde olhe, veja o que temos a dizer”. É necessário que a lei seja garantida em sua integralidade.
Veja abaixo os demais pontos debatidos na assembleia:
MESA DE NEGOCIAÇÃO
Na última reunião com a PCR, dia 30 de julho, estiveram presentes Alexandre Rebêlo, secretário de Educação, representantes da secretaria, diretores do SIMPERE e representantes da base. O secretário se pronunciou sobre diversos temas importantes para a categoria, mas precisamos avançar nas negociações. A exemplo do concurso público para a rede municipal de professores que deveria ter acontecido no 2º semestre 2017 e continua sem data definida. A promessa da PCR é que seja feito o anúncio da data de realização do concurso na próxima reunião, dia 13 deste mês.
Para os 140 professores que até agora não receberam o pagamento pelo seu banco de horas, a PCR prometeu pagar junto com o salário de agosto – já os pagamentos referentes a 2017 continuam sem previsão. Quanto aos professores do interior que não receberam ressarcimento pelas passagens gastas, favor entrar em contato com o Simpere pelo telefone 3231.0029 para que possamos fazer os devidos encaminhamentos.
Na reunião também se discutiram a redução de tempo de acumulação para os professores AEE’s, o Plano de Cargos e Carreira (PCCR) – sobre os quais não houve nenhum avanço – e o acréscimo de carga horária. Sobre o último prometeu-se realizar um levantamento sobre a situação, a PCR esquece que há apenas 4 meses realizou levantamento sobre o mesmo assunto.
O Simpere se mantém firme, pressionando a prefeitura sobre os temas de interesse da categoria pela garantia de qualidade nas condições de trabalho dos/as docentes na rede.
DIA DO BASTA
O Dia do Basta acontece nesta sexta-feira, com concentração às 15h na praça do Derby. Será um dia de grandes mobilizações pelo país em que trabalhadores/as se juntam para dizer Basta! às injustiças enfrentadas por toda a população. Não podemos baixar a guarda diante dos ataques dos governos, dizendo que não vamos pagar pela crise.
Sobre o atual desemprego maciço no Brasil, disse Cláudia Ribeiro: “Nessa assembleia não tem uma pessoa que não tenha alguém desempregado na família. É necessário dar um Basta!” O Simpere convoca os/as trabalhadores/as a darem um basta na privatização, na reforma da previdência e trabalhista. Ficou decidido em assembleia a participação da categoria no ato público que será parte da programação nacional pelo Dia do Basta. As unidades garantem o dia letivo nas escolas e se somam aos demais trabalhadores/as na manifestação.
BNCC
O Simpere iniciou um debate junto a categoria sobre os impactos da nova Base Nacional Comum Curricular na educação. A mesa foi composta por Nando Poeta, sociólogo do Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos (ILAESE), Ana Lúcia Gomes, diretora de assuntos educacionais do Simpere e Carmem Dolores, professora aposentada da rede municipal do Recife.
Como explica Nando Poeta (ILAESE), a BNCC é resultado das políticas neoliberais do Banco Mundial que desde 1980 incentivaram países pobres a privatizar o controle dos serviços públicos como medida de austeridade econômica.
“Toda a discussão sobre a BNCC foi dentro das esferas de poder, sem diálogo com o professor e com a sociedade”, afirma Nando. Um debate que decidiu centralizar a discussão do currículo, formação e avaliação docente, padronizando uma realidade que é muito diversa e ameaçando o emprego de milhares de trabalhadores/as.
Nas palavras de Ana Lúcia, diretora de Assuntos Educacionais, “a BNCC nos coloca numa camisa de força. Nós temos obrigação de alertar e criar uma frente contra isso.” O Simpere coloca-se contrário a BNCC e na plenária de delegados de base que ocorrerá no dia 15 deste mês retomaremos a discussão que deverá seguir com a categoria.
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