Aulas Online: da Ilusão à Exclusão social
Nesse exato momento existe um debate muito importante na sociedade sobre o retorno às aulas. De um lado governos municipais, estaduais e o federal desejam que as escolas retomem as atividades presenciais seguindo alguns protocolos. Do outro lado pais, alunos, entidades sindicais e especialistas dizem que ainda não é hora de retornar (veja aqui o Manifesto Nacional Contra a volta às aulas durante a pandemia encurtador.com.br/blwJN).
Deixando de lado esse debate, mas não muito de lado, queremos nos debruçar sobre os efeitos das aulas remotas. Recentemente saiu em matéria do Jornal do Commercio 09/08/2020 com o título “Aula online amplia a ilusão de educar” veja a matéria aqui encurtador.com.br/ipFXZ. Durante a leitura, podemos ver vários depoimentos de professores, estudantes e mães preocupados como tudo está acontecendo.
Concordamos com a matéria quando afirma sobre a falta de estrutura adequada para se manter aulas remotas, seja por parte da Prefeitura do Recife e seja por parte dos estudantes recifenses. São vários os exemplos citados de falta de aparelhos telefônicos, computadores, acesso à internet e tantos fatores que contribuem para uma desigualdade no aprendizado. E tudo isso dentro de uma mesma turma. Isso é potencializado quando comparamos com os estudantes da rede privada.
Esta situação nos leva a uma segunda questão, a ampliação da desigualdade social entre os alunos da própria rede e na mesma turma. Podemos observar isso na fala do diretor do Simpere, Carlos Elias: “Existe um processo de implantação de aula remota, que se chama assim porque a Educação a Distância (EaD) exige uma legislação específica, e ele é muito desigual. Em algumas turmas os alunos tem acesso parcial aos conteúdos e em outro esse acesso é muito pequeno. É uma naturalização da exclusão”.
Por isso e muito mais, o Sindicato das Professoras e Professores do Recife é contra o retorno da aula presencial sem a vacina. Defendemos uma interação com as crianças de forma virtual, mas de caráter complementar e não obrigatório!
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