Neste dia de conscientização e resistência, reafirmamos o nosso compromisso com a luta pelo fim da violência que atinge, de forma brutal, as mulheres em nosso país, especialmente as mulheres negras, que enfrentam as consequências do racismo e machismo.
A violência contra a mulher é um problema social e estrutural que se manifesta de várias formas — física, psicológica, sexual, econômica e institucional. No entanto, as mulheres negras enfrentam uma dupla vulnerabilidade, sendo alvos de uma violência ainda mais intensa e sistemática, devido ao racismo e à discriminação racial profundamente enraizados em nossa sociedade. É crucial que reconheçamos essa realidade e que a luta contra a violência de gênero inclua uma perspectiva interseccional, capaz de acolher as diferentes vivências das mulheres.
A educação tem um papel fundamental nesse processo. É nas escolas, nas salas de aula e nas comunidades escolares que podemos promover uma formação crítica e libertadora, que questione as estruturas que oprimem mulheres e, sobretudo, mulheres negras. O debate sobre igualdade de gênero e raça precisa estar no centro do currículo, permitindo que estudantes reflitam sobre questões de violência, machismo, racismo e suas consequências. Somente por meio de uma educação antirracista e feminista é possível desconstruir estereótipos, romper com o ciclo de violência e construir um futuro mais justo e igualitário.
Neste dia de luta, o SIMPERE reforça a necessidade de políticas públicas que combatam tanto a violência contra a mulher quanto o racismo, garantindo proteção e dignidade para todas. A educação é um espaço de resistência e transformação, e, como educadores e educadoras, temos a responsabilidade de formar uma geração mais consciente e preparada para enfrentar essas desigualdades.
Vamos continuar lutando por uma sociedade onde todas as mulheres, especialmente as mulheres negras, possam viver sem medo, sem violência e com o respeito que merecem.
Simpere – Forte, Plural e de Luta – Filiado e à CNTE e à CUT
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