O SIMPERE se une à luta e resistência dos povos de terreiro e das comunidades religiosas que enfrentam diariamente a intolerância e o racismo religioso. Esta data, instituída pela Lei Federal nº 11.635, sancionada em 2007, homenageia a memória e o legado de Mãe Gilda de Ogum, uma liderança religiosa e comunitária de Salvador (BA).
Mãe Gilda foi vítima de agressões físicas e morais, culminando em sua morte no dia 21 de janeiro de 2000. Sua história é um símbolo da luta contra a intolerância religiosa e pela afirmação das religiões de matriz africana no Brasil.
🚩 Por que essa luta é importante?
Dados recentes do Disque 100 mostram um aumento significativo nas denúncias de ataques à liberdade religiosa, com a maioria das vítimas sendo mulheres negras, pessoas LGBTQIAPN+ e comunidades tradicionais de terreiro. Esses ataques são reflexos de um racismo estrutural e histórico, que remonta à escravização e à tentativa de eliminar a memória e a ancestralidade negra na formação do Brasil.
A Constituição Federal garante, no artigo 5º, inciso VI, a liberdade religiosa e a proteção aos locais de culto. No entanto, as violências contra os terreiros de candomblé e umbanda seguem em alta, destacando os limites de um Estado que se proclama laico, mas muitas vezes negligencia a defesa das religiões de matrizes africanas.
📣 Nosso compromisso
É essencial que nos posicionemos contra as práticas de ódio e racismo que buscam apagar a potência ancestral das religiões de matriz africana. Defendemos um Estado que promova políticas públicas de proteção, segurança e valorização do patrimônio cultural e espiritual dessas comunidades.
Neste dia, convidamos todas e todos a refletirem sobre o papel das escolas na promoção do respeito à diversidade religiosa e na construção de uma sociedade justa e plural.
✊🏿 SIMPERE – Forte, Plural e de Luta – Filiado à CNTE e à CUT
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