SIMPERE dá uma aula de democracia

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Com o auditório GII da UNICAP lotado, foi realizado nessa segunda-feira (17) o debate entre os candidatos a prefeito da cidade do Recife. Estiveram presentes Daniel Coelho (PSDB), Edna Costa (PPL), Jair Pedro (PSTU) e Roberto Numeriano (PCB). Não marcaram presença os candidatos Geraldo Júlio (PSB), Humberto Costa (PT), Jacinto Esteves (PRTB) e Mendonça Filho (DEM). O debate foi dividido em seis blocos, onde no primeiro os prefeituráveis puderam expor os motivos pelos quais estão concorrendo ao cargo. Do segundo ao quinto, as professoras e professores fizeram perguntas aos convidados.

Pela ordem do sorteio Daniel Coelho (PSDB) foi o primeiro a falar. Em sua apresentação ele disse que seu principal objetivo era mudar a essência da política de acordo com o prefeiturável, pois a atual gestão governa para os partidos “a prefeitura do Recife tinha três mil cargos comissionados, hoje tem mais de sete mil. Esqueceram que governar tem que ser voltado para o interesse público. O governo hoje governa para os políticos e partidos, esse é o primeiro ponto que tem que ser mudado”.

Na sequência, Jair Pedro (PSTU) colocou que sua candidatura é a expressão da luta dos trabalhadores no Brasil e na educação é contra o Plano Nacional de Educação (PNE), que de acordo com o candidato, vem para privatizar o ensino. “O plano nacional tem como centro privatizar a educação e transformá-la em mercadoria, isso se iniciou com FHC (PSDB) e foi mantido por Lula (PT) e Dilma (PT)”, disse. E conclui “nós não estamos aqui só para pedir voto e ponto, vamos estar junto às lutas todos os dias”.

Já de acordo com Roberto Numeriano (PCB), a candidatura da frente de esquerda está para subverter a lógica de que o capital é que decide na gestão pública “Peço a vocês, independente de eleição ou do candidato A, B ou C, pensem em romper esse ciclo vicioso dentro da prefeitura submetida aos interesses privados.”

A última a responder por quer ser prefeita foi Edna Costa (PPL) de acordo com as suas proposta são inovadoras e por isso a necessidade de sua candidatura “construímos um partido novo chamado Partido Pátria Livre que é um partido realmente para bater, para garantir políticas públicas para garantir um estado mais fortalecido para garantir que o Brasil seja cada vez mais dos Brasileiros.”

Durante as intervenções da categoria o ponto mais questionado foi se eles – os candidatos – irão pagar o Piso Nacional aos professores. Jair disse que pagaria o piso reivindicado pela CNTE de 1.937,00 e ainda iria manter o índice de reajuste pelo custo aluno. Daniel colocou que por se tratar de lei seria obrigado a pagá-lo, já Edna e Numeriano concordaram com o pagamento.

Foi entregue aos candidatos uma Carta Compromisso elaborada pela categoria, onde os candidatos se comprometiam com as principais reivindicações dos professores, como pagamento do Piso Salarial na íntegra, 1/3 de aula-atividade, fim das terceirizações na merenda, entre outros. Os candidatos Jair Pedro, Edna Costa e Roberto Numeriano concordaram na íntegra com o documento, já Daniel Coelho disse que concordava com 95% e por isso assinava com algumas ressalvas.

Ao realizar um debate desta magnitude, o sindicato mostrou pelo menos duas coisas: a primeira é como se faz uma gestão, de fato democrática, que garanta a diversidade e as opiniões de sua categoria; a segunda mostrou sua importância nos assuntos municipais, inclusive nas eleições. Todos os trabalhadores da educação estão de parabéns, assim como a direção do sindicato.

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