Em obediência ao Banco Mundial, PCR mantém ataque à autonomia do professor: categoria resiste à política antipedagógica da secretaria de educação

Em obediência ao Banco Mundial, PCR mantém ataque à autonomia do professor: categoria resiste à política antipedagógica da secretaria de educação

“A sensação é de que levamos uma rasteira”, esse foi o desabafo de uma das professoras e que resume o sentimento do grupo de professores que participou juntamente com o SIMPERE da reunião das Escolas de tempo integral com a Secretaria de Educação, realizada ontem (19.02) à tarde, no Centro de Formação Paulo Freire.

Essa reunião foi arrancada graças à mobilização ocorrida no último dia 5 de fevereiro, quando os professores das escolas em tempo integral e o sindicato ocuparam o prédio da Secretaria para cobrar esclarecimento sobre diversos ataques à autonomia docente que vem sendo feitos pela gestão de Geraldo Julio (PSB).

Na oportunidade, os professores expuseram reivindicações como: falta de tempo para planejamento e execução das atividades pedagógicas; obrigatoriedade de participação em formações fora da área de disciplina específica; desvio de função (professores tendo que lecionar matérias para as quais não são concursados; ampliação do quadro de professores formadores; entre outros pontos.

Todas as questões foram expostas pela professorada na reunião forçada no dia 5 e ficou acertado que ontem (19.02) a prefeitura nos daria retorno. O que infelizmente não aconteceu. Em mais um desrespeito ao professor, a PCR simplesmente ignorou os pontos, mantendo sua postura autoritária e subserviente à política do Banco Mundial.

Utilizando-se de manipulações jurídicas, não resolveu absolutamente nada do reivindicado. Assim, a categoria decidiu pela resistência a todas as formações da rede municipal até que sejamos não só ouvidos, mas atendidos pela Prefeitura do Recife. Logo após o carnaval, ficou acertado que a Secretaria vai enviar um ofício ao SIMPERE com a data da nova reunião, que acontecerá com os representantes das unidades de tempo integral.

“Vocês estão destruindo algo que nos é muito caro”, declarou o diretor do Simpere Carlos Elias, ao se referir ao desmonte das formações no Centro Paulo Freire. “As formações são momentos importantíssimos para planejamento, discussão e troca de experiências entre os docentes, quem perde não é apenas o professor, mas a educação da cidade”, finalizou.

SIMPERE RECOLHE NOME DOS PROFESSORES VÍTIMAS DE DESVIO DE FUNÇÃO.
Os representantes da PCR negaram, inclusive, o desvio de função que vem ocorrendo na rede municipal (que foi noticiado nos jornais da cidade, como no Jornal do Commercio e LeiaJá). Há um caso de uma professora de ciências, por exemplo, que está tendo que dar aulas de história do Recife. O Simpere está recolhendo o nome de todos os profissionais que estão sendo vítimas desse abuso. Que nenhum professor lecione nenhuma disciplina fora da área para a qual foi concursado. Caso conheça alguém, entre em contato conosco e avancemos nesta luta!

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