A Prefeitura está buscando intimidar a categoria, divulgando informações FALSAS aos veículos midiáticos e confundindo a população, estratégia semelhante à do presidente Bolsonaro. O Simpere tem trabalhado desde o decreto da greve para cumprir todo o protocolo jurídico necessário para reconhecimento legal da paralisação, direito concedido pela Constituição Federal.
Enquanto isso, a Secretaria de Administração se recusa a cumprir a lei federal nº 11.738/2008, a Lei do Piso dos Professores da Educação Básica, que define que o índice de reajuste calculado pelo MEC para este ano, de 12,84%, seja aplicado à data-base de JANEIRO, para toda a tabela de 6 mil profissionais, e não apenas os 97 técnicos em magistério abaixo do piso que a Prefeitura anunciou que ia pagar a partir de março.
A PCR inclusive publicou em 04 de março, ainda no começo das negociações, o Ofício n°058/2020 Gestor em Rede/SEDUC, anunciando implantação da proposta do reajuste dos profissionais abaixo do piso em março e os demais em dezembro, proposta esta rejeitada imediatamente pela categoria em mesa, desrespeitando o andamento das negociações. A greve foi deflagrada após uma proposta ainda mais recente, do dia 08 de março, de parcelar o índice de 12,84% a partir de outubro, para todos os salários. “A gente tem uma carga-horária semanal de 29 horas, e a gente hoje tá com um percentual com um valor em torno de 1 mil e 500 reais, abaixo do que é determinado pelo MEC”, diz a Coordenadora do Simpere, Claudia Ribeiro.
Além disso, a PCR informa erroneamente que 88% das escolas estão funcionando. “Aproximadamente 5 mil docentes efetivos, eleitos por meio de concurso público, estão totalmente paralisados. As escolas que estão funcionando parcialmente são minoria absoluta, que são as que contam com alguns dos 1300 profissionais em regime de contrato temporário, escolas que estão atendendo de uma a duas turmas por dia”, desmente Sandra de Souza, professora e diretora do Simpere, que esteve em piquete nas escolas durante toda a última quarta-feira (11).