Solidariedade à Sandra Fortes: professora é obrigada a mudar de escola

O prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes (PSDB), abriu um processo administrativo calunioso contra a professora Sandra Fortes, após uma greve de 20 dias, no mês de junho de 2014. Foi a maior greve na história do funcionalismo de Taboão, dirigida por uma corajosa vanguarda de ativistas, a maioria mulheres.  Com o retorno ao trabalho, o governo passou a perseguir as lideranças da greve, transferindo arbitrariamente quatro profissionais de seus locais de trabalho e ameaçando muitos outros.

Sandra voltou ao trabalho após cumprir uma injusta suspensão de 60 dias, com corte de salários e direitos, e se deparou com outro ataque: foi transferida da Escola Municipal de Ensino Fundamental Aracy de Abreu Pestana, na qual trabalha há quatro anos.

Confira, abaixo, nota sobre mais essa perseguição.  A CSP-Conlutas apoiou e segue apoiando luta da professora que está sofrendo perseguições do prefeito. Orientamos que as entidades filiadas, particularmente aquelas representativas da Educação e dos serviços públicos divulgue essa denúncia e participe desta luta em defesa do direito de greve e manifestação dos trabalhadores e trabalhadoras. Contra a criminalização dos movimentos e ativistas.

Perseguição sem fim: Governo obriga Sandra Fortes a sair da escola

A perseguição política do prefeito de Taboão da Serra Fernando Fernandes (PSDB) à professora Sandra Fortes parece não ter fim. Sandra voltou ao trabalho após cumprir uma injusta suspensão de 60 dias, com corte de salários e direitos, e se deparou com outro ataque: foi comunicada, numa reunião a portas fechadas, de que seria transferida da Escola Municipal de Ensino Fundamental Aracy de Abreu Pestana, na qual trabalha há quatro anos. Com requintes de crueldade, o secretário de Educação João Medeiros ordenou que a professora fosse removida da escola naquele dia mesmo. Ao não aceitar a transferência compulsória, Sandra recorreu à Secretaria de Educação, onde foi comunicada que a decisão é irrevogável.

A escola para a qual foi ordenada a transferência, a Escola Municipal Infantil Pica Pau, está localizada num terreno baldio, deserto e isolado. As trabalhadoras da escola são obrigadas a percorrer diariamente este caminho tenebroso e perigoso, o qual Sandra teria de percorrer sozinha todos os dias na saída do trabalho, pois sua jornada não coincide com a das outras colegas (7 às 13h). Além disso, a EMI Pica Pau é uma creche que tem 38 crianças, divididas em um berçário (18 bebês, uma PDI – Professora de Desenvolvimento Infantil –  e duas Auxiliares de Classe) e um Mini Maternal (uma Professora de Desenvolvimento Infantil e duas Auxiliares de Classe). O trabalho proposto para Sandra – recepcionar as crianças na entrada e auxiliar no cuidado com estas crianças, não condiz com as suas funções e formação de professora, que se dedica à alfabetização de crianças há 15 anos, nesta rede municipal. Desde 2011, readaptada por um cisto na corda vocal, Sandra organiza os recreios dirigidos com atividades lúdicas na EMEF Aracy, trabalho original e dedicado que é elogiado pelas colegas, alunos e pais.

O objetivo do governo do PSDB com esta perseguição implacável a Sandra Fortes é alimentar o medo no funcionalismo municipal para tentar impedir a resistência contra o arrocho salarial e os cortes de direitos que o prefeito e seus vereadores vêm impondo às trabalhadoras e trabalhadores com métodos de terrorismo: processos caluniosos, transferências compulsórias (caso de três funcionárias da Assistência Social após a greve do ano passado), agressões físicas (o operário Kleber Kabelo foi agredido por um chefe dentro da Usina) e até assassinatos (a exemplo da morte do jovem sem teto Fernando Ferraz pela GCM em 3/5/2015).

É de se perguntar por que este governo autoritário e truculento do PSDB quer colocar Sandra Fortes em situação de risco ao transferi-la para um lugar deserto e isolado?

É grande a indignação das colegas de trabalho, dos alunos e alunas e das mães e pais da EMEF Aracy de Abreu Pestana contra a perseguição à professora Sandra, que neste momento está em licença médica, recuperando-se das humilhações e injustiças que estão lhe impondo.

O Siproem (Sindicato dos Professores Municipais) está solicitando uma reunião com o secretário da Educação para buscar a reversão da transferência e exigir o fim da perseguição política e do assédio moral à professora.

Querem calar a voz de Sandra Fortes na luta contra a exploração e a opressão. Mas, não conseguirão! A nossa voz não se calará até que os trabalhadores se levantem para enfrentar este e todos os governos tiranos, único caminho para barrar a ofensiva contra nossas condições de vida e as lideranças de nossas lutas.

Chamamos tod@s a fortalecer a Campanha de Solidariedade a Sandra Fortes. Acesse a página da campanha no Facebook:  https://www.facebook.com/somos.todos.fortes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dezenove − 1 =