25 de julho: Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha


Foi em 25 de julho de 1992, durante o primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, que o movimento instituiu essa data como Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha.

Na época, mais de 200 milhões de pessoas que se identificavam como afrodescendentes na América e no Caribe eram afetadas pela pobreza, marginalização e pelo racismo. Após quase ¼ de século, praticamente nada mudou.

As mulheres negras continuam sendo a base da pirâmide social, com os piores salários, as colocações menos prestigiadas no mercado de trabalho. Além disso, são as que sofrem mais com as terceirizações, sofrem de toda ordem de violência, inclusive física e sexual.

As últimas medidas tomadas pelo governo Dilma (PT) e Temer (PMDB) só fizeram piorar ainda mais essa situação, como os PL 664 e 665, que desregulamentam direitos básicos do mundo do trabalho, como auxílio desemprego.  O PL da terceirização também atinge diretamente essa parcela importante da sociedade.

O Movimento de Mulheres em Lutas (MML) realizou nos últimos dias 23 e 24 de julho, em São Paulo, o 1º Seminário Nacional do MML sobre mulheres negras, com o título “Mulheres Pretas tem História”. O evento parte da compreensão histórica que o sistema escravista deixou sequelas nefastas para as negras e os negros de nossa classe, inclusive negando a sua participação na história como protagonistas.

E essa problemática se aprofunda ainda mais quando se trata de gênero.  De acordo com o site do evento, “no caso das mulheres negras, a situação é ainda pior, pois a combinação do machismo e do racismo impõe um grau de opressão e exploração absurdo, que se reflete também na organização para lutar, separando as mulheres negras dos movimentos feministas gerais”.

O Simpere acredita que num momento em que as mulheres negras são vanguarda em lutas importantes da classe trabalhadora e da juventude, esse seminário ganha um destaque ainda maior, por isso e muito mais o sindicato enviou duas companheiras para o evento, Rosângela Rodrigues e Elisama Messias, para representar as docentes da cidade do Recife, na certeza que “Mulheres pretas têm e continuam fazendo história”!

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