O SIMPERE participou na tarde da última segunda-feira (22) da Mesa de Negociação com a PCR para discutir sobre o reajuste salarial dos servidores municipais. O secretário de Administração Marconi Muzzio apresentou uma proposta que condiciona totalmente o reajuste salarial dos servidores ao aumento da Receita Líquida Real (RLR). Essa receita seria apurada em cinco (05) vezes, bimestralmente. O reajuste seria concedido, caso houvesse o suposto aumento de receita de acordo com a tabela abaixo:
Crescimento RLR | Reajuste |
2% | 1,5% |
4% | 3% |
6% | 4,5% |
8% | 6% |
10% | 7,5% |
Na opinião do SIMPERE, não existe nenhuma proposta de reajuste. O mais interessante é que o secretário diz para “torcermos juntos” pelo aumento da Receita, mas em nenhum momento a Prefeitura aponta para medidas concretas de aumento da mesma, como por exemplo, exigir do Governo Estadual a cobrança do ICMS que foi diminuído para as empresas de ônibus. Tomemos como exemplos também os impostos dos quais a Fiat foi isenta; a Arena, na qual o prefeito Geraldo Julio foi presidente do Comitê Gestor de Parceria Público Privada, núcleo governamental que decidiu todos os passos da sua construção e que foi alvo de investigação no superfaturamento de R$ 70 milhões. Esses impostos incidem diretamente no repasse para as Prefeituras e impedem o desejado aumento da Receita.
O SIMPERE e demais servidores fizeram duras críticas a essa proposta que não traz nada de concreto para as categorias, falamos das perdas salariais que em 2015 chegou a mais de 10%, além das inúmeras denúncias do abandono do serviço público. Colocamos a questão dos cargos comissionados e da dinheirama investida na Via mangue, dos materiais de projetos milionários que chegam às escolas. Também falamos da Assembleia e disposição de luta dos servidores com uma paralisação geral marcada para o dia 25 de fevereiro, próxima quinta-feira.
ATENÇÃO! PREFEITURA PODE ESTAR PREPARANDO UM GOLPE NO REAJUSTE DESTE ANO!
PISO SALARIAL – A PREFEITURA PODE ESTAR PREPARANDO UM GOLPE NO REAJUSTE DESTE ANO
As mesas setoriais para cada categoria de servidores que discutirão suas questões específicas já foram marcadas e a mesa com os trabalhadores da Educação ficou para o dia 1º de março. Ressaltamos a necessidade de discutir sobre o Reajuste do Piso Salarial dos Professores, anunciado desde janeiro e que ficou em 11,36%. Marconi Muzzio garantiu que o assunto seria tratado, mas adiantou ao ser questionado que a complementação do Governo Federal é feita apenas para governos e prefeituras que não pagam o piso e acrescentou que, segundo ele, a PCR para o piso.
Dia 1º de março marcaremos presença na Mesa de Negociação para colocar que o reajuste sempre foi linear para todos os GMs e a categoria não vai abrir mão do reajuste de 11,36%. Vamos à luta!
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